Sejam bem vindos


A todos que visitam esse blog nosso cordial abraço de boas vindas e que possam colher bons frutos no tocante ao interesse de poder imigrar LEGALMENTE para o Canada ou meramente para conhecer e desfrutar das informações de um país multicultural que possui uma excelente qualidade de vida e que atualmente apresenta um alto desenvolvimento em todos os campos, seja na saúde, educação, emprego.
Convido a todos que entram nesse blog para que juntos possamos todos compartilhar passo a passo, dia a dia, o que é conhecer esse novo país.

Dentro das nossas possibilidades, iremos atualizar o blog semanalmente.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Garderie em Laval



Aos pais que procuram uma garderie muito agradável e com uma pessoa altamente confiável de altíssima responsabilidade à frente, informo que foi recentemente aberta aqui em Laval a Garderie da Jô. A mesma adota o método Waldorf, cuja pedagogia visa despertar na criança o desenvolvimento da imaginação, sempre respeitando e trabalhando os temperamentos, pois quanto mais rítmica a vida de uma criança, mais perfeita é a sua saúde.


Foto da Garderie da Jô

Eu particularmente não poderia jamais deixar passar em branco o nascimento dessa garderie tendo em visto conhecer a pessoa super, hiper, ultra responsável pela criação da mesma. Esse post é para poder informar aos interessados ou quem possua algum amigo(a) que esteja procurando uma garderie, e como bem sei que a Jô é um amor de pessoa, estou mais que certo que ela irá colocar-se à disposição para as necessidades individuais dos pais não apenas para os dias semanais. Sugiro fortemente entrar em contato com a mesma e para isso seguem os contatos logo abaixo.


1844, Rue Fernando-Ville Maire

Laval, QC, H7L 6H5

(450) 736.4356

sábado, 13 de setembro de 2008

Incêndio em nossa escola


Eu havia postado na matéria anterior sobre nossa escola, mais especificamente sobre a nossa sala que "é uma bomba", lembram? Hoje pela manhã, por volta das 9h, soou em alto e bom som o alarme de incêndio do prédio e foi todo mundo levantando-se muito calmamente, todo mundo pegando seus pertences sem que houvesse nenhum pânico.

Estudamos no 3° andar e saímos acompanhando o fluxo. Como nós somos privilegiados em ter uma escada de incêndio bem ao lado de nossa sala, então não tivemos absolutamente atropelo algum em chegar logo nela e continuar acompanhando o fluxo.

Todos descendo enquanto o som ensurdecedor do alarme de incêndio soava forte, em alto e bom som. Ao chegarmos no térreo e seguirmos para a parte externa da escola, todos nós pudemos comprovar que, apesar de estudarmos perto da escada de saída de emergência, tem gente muito mais apressada que nós, pois ao chegarmos na parte externa nos deparamos com uma multidão de alunos. Olhando mais à frente constatei a presença de um carro de bombeiros tipo ABT (auto bomba tanque), uma ambulância e um carro de coordenação e gerenciamento também do corpo de bombeiros de Laval.

Após todos se encontrarem fora do prédio aí vem a hora de você começar a procurar com os olhos aquelas pessoas que estudam com você. Em pouco tempo todos nós estávamos na sombra de uma árvore porque o sol das nove da manhã estava queimando a "moleira" e fomos ficando por ali enquanto o tempo passava.

Nosso grupo aqui, já reunido e seguro na sombra da árvore.


Levando em consideração o tamanho físico de nossa escola e sabendo que por aqui um caso como esse não iria comparecer apenas um ABT, então comecei a observar mais detalhadamente a situação para poder entender melhor. Achei estranho o "porque" de só estar ali um único ABT e ainda por cima não estar com as mangueiras desenroladas, com os bombeiros muito tranqüilos dentro dos carros... BINGO! Evidente que só poderia se tratar de uma simulação!!!


Tudo foi feito de maneira que o menor número de pessoas soubesse que seria uma simulação: professores, monitores e demais funcionários não sabiam, eles mesmo saíram rapidinho. É interessante como, embora na sua maioria os estudantes da francisação não se conheçam, parece que nessa hora todos despertam dentro de si um laço que foi criado pelo colega de classe em tão pouco tempo: percebeu-se isso quando todos procuravam verificar se os outros que estudam com você estavam ali presentes, perto de você.

Toda essa simulação foi feita procurando chegar ao mais próximo da realidade, servindo também para analisar os possíveis erros cometidos durante a fase de evacuação e com isso buscar as correções para os erros cometidos.


Para os que estão aí e preparando-se para vir para a terrinha fria, estejam prontos para uma eventualidade como essa no dia-a-dia de vocês.


Erivaldo

terça-feira, 9 de setembro de 2008

FEIRA DE EMPREGOS



FEIRA DE EMPREGOS

Tenho o prazer de informar que acontecerá nos próximos dias uma feira de empregos em Montréal e em outras províncias (localidades como Montréal, Toronto, Calgary, Québec, Edmonton e Ottawa), com foco direcionado para várias áreas tais como AVIAÇÃO, ENGENHARIA CIVIL e outras categorias; para isso, depois de entrar no link abaixo citado é necessário escolher na coluna da direita o local desejado entre as fileiras que estão listadas. É evidente que eu destaquei a AVIAÇÃO (que é a minha área) e a ENGENHARIA CIVIL (que é a área de um grande amigo aqui), mas vocês encontrarão outras áreas. Também é bom para quem está ainda no Brasil ir acostumando-se com essas feiras. Entrem no link aqui abaixo, explorem-no bastante e depois tirem as suas próprias conclusões.


http://www.ecarrieres.com/fr/salons/montreal-presse/


Erivaldo

domingo, 7 de setembro de 2008


Para os brasileiros residentes em Montréal e cidades vizinhas eu gostaria de informar que existe a realização de Missas em português na Igreja Santa Cruz, que fica localizada na 60 Rachel Ouest, H2W 1G3, Montréal. Ela pertence à comunidade portuguesa e gentilmente cedeu lugar para as realizações das missas da nossa comunidade, celebradas pelo Pe.Clifford de Souza, que possui um carisma ímpar e tem muita dedicação para todas, repito, TODAS as pessoas que participam das Missas.

Uma coisa que nos chama muito a atenção é a satisfação que ele tem em cumprimentar uma a uma as pessoas que estão presentes na hora da saudação.
O Pe. Clifford é natural de Goa, Índia. Foi para o Brasil estudar teologia e acabou por se ordenar Padre, na congregação do Verbo Divino, em S. Paulo. Devoto de Nossa Senhora Aparecida, não tardou a convencer o Pe. José Maria para que se celebrasse na Igreja portuguesa, o dia da Santa Padroeira.

Atualmente a Missa é realizada uma vez por mês, porém já se está levantando a possibilidade de uma maior freqüência de realização da mesma, possibilidade que ainda está sendo estudada e mais especificamente hoje foi realizada a Missa, não por acaso na data de 7 de setembro, onde não podia se deixar de exaltar a data de independência do Brasil.


Acima uma foto do Pe. Clifford e nós depois da sua celebração do dia 7 de setembro.


Júlio, Agla, Sueli (mãe de Agla) e Melissa (Melzinha, Mel ou Memel a mais nova canaleira - Canadense brasileira)


Confraternização após a missa do dia 7 de setembro - sempre após a Missa temos nossas alegres e frutíferas confraternizações onde encontramos os amigos e fazemos novos.




Edjane, Vanessa e eu durante confraternização após a Missa do dia 7 de setembro


Moramos na cidade de Laval, norte de Montréal, e outras pessoas que moram ainda mais distante fazem questão de participar das celebrações que possuem um grande fervor de fé. Para os que desejam participar das celebrações, abaixo seguem os contatos que podem ser feitos em português, espanhol, inglês ou francês.



Pe. Clifford (514) 582.5041

Júlia Braga (514) 303.0736

e-mail nossafe@gmail.com

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

A T E N Ç Ã O



Muitas pessoas passam pelo blog e pedem para que eu entre em contato, porém por algum motivo elas esquecem de deixar e-mail ou o endereço de seus blogs. Deixam o recado, identificam-se e pedem para que eu retorne, mas eu não tenho como. Assim fica impossível...

FRANCISAÇÃO


Até que enfim iniciou-se nossa francisação, que por opção nossa está começando com atraso. Acontece que para nós participarmos da mesma era necessário informar o endereço residencial, e como estávamos temporariamente em Montréal durante os dois primeiros meses, e sabendo que não seria lá a nossa residência definitiva, então procuramos os devidos órgãos do governo e informamos que ainda não havíamos decidido onde morar, conseqüentemente retardando o início do curso da francisação, porque um dos interesses do governo é que a pessoa more o mais perto possível da escola onde se realiza o curso.

Sanado esse problema e tendo informado ao governo que já tínhamos uma residência definitiva, então restou apenas esperar o início da turma seguinte.

Após informarmos nosso endereço ficamos esperando a confirmação de quando e onde seria o nosso curso aqui em Laval, torcendo muito que fosse em uma escola localizada exatamente em nossa rua. Depois conversando com algumas pessoas que já realizaram a francisação, tomamos conhecimento de que não são todas as escolas que podem realizar esse curso, pois é necessária uma escola com mais recursos e equipamentos, e ficamos sabendo que em Laval seria no CEGEP – Collège Montmorency, localizado exatamente ao lado do metrô Montmorency. Quem tiver a curiosidade de localizar esse metrô é só procurar aqui no blog onde tem LINKS ÚTEIS e clicar no STM Métro e poderá observar no final da linha laranja, na parte de cima, o metrô Montmorency. Se me permitem abrir um parênteses, as últimas três estações do metrô da linha laranja são justamente as mais modernas da malha metroviária de Montréal e as únicas equipadas com elevadores. Ainda posso dizer que são bem mais amplas, limpas e seguras e estão todas aqui em Laval.

Passado o nosso primeiro mês aqui em Laval recebemos dois envelopes distintos, confirmando para nós dois o local, horário e data do início da bendita francisação, e como se não por acaso fosse, Edjane e eu ficamos na mesma sala. Dentro do envelope veio um outro envelope para que nós confirmássemos nossa vontade e disponibilidade para realizar o curso. Bastou assinar alguns papéis e confirmar alguns dados, depois colocar tudo dentro do envelope que veio, selar, enviar e ficar aguardando.

Passaram-se vários dias e não recebemos nenhum outro envelope ou telefonema... Ou seja, depois que você envia esse envelope confirmando a sua disponibilidade, você não recebe mais absolutamente NADA, só bastando ir para o curso no dia, hora e local marcado.

Para nosso desencargo de consciência, escolhemos ir um dia antes no local para fazermos um "reconhecimento de área", e mesmo sendo férias escolares e estando tudo fechado foi super útil nossa ida à escola porque ficamos conhecendo-a um dia antes, a fim de evitar qualquer atropelo ou dúvida, mas que aquela mosquinha estava atrás da orelha fazendo com que "EU" particularmente ficasse pensando se os nossos nomes iriam estar lá ou não, ah, isso ficou mesmo, mas resolvi não externar nada para Edjane não ficar apreensiva também, afinal já bastava um preocupado.

Até que enfim chegou o dia: logo cedo, pela manhã, estávamos prontos para o nosso "primeiro dia de aula"!!! Até parece coisa de jardim de infância, mas que tem um gostinho muito especial, ah, isso tem e ninguém pode dizer diferente, e quem ainda não experimentou em breve irá passar pelo que estou escrevendo aqui... É como se fosse o primeiro dia de aula da sua vida com o diferencial que hoje nós possuímos consciência formada e uma vasta experiência que o cotidiano da vida nos proporcionou, então esse primeiro dia se torna um dia em que você vai para a escola sabendo vivenciar cada segundo, coisa que infelizmente não acontece no nosso jardim de infância, afinal ainda éramos pequenos quando isso aconteceu e não tínhamos o menor discernimento de aproveitar tudo isso ao máximo, coisa que agora eu estou "descontando".

Terça-feira, 19 de agosto de 2008 - Logo cedo já estávamos à caminho da "escola" para conhecermos os novos "amiguinhos"... Embora a distância da nossa casa para lá seja de 3½ Km, resolvemos ir uma hora antes porque já sabíamos da dificuldade de conseguir um lugar para estacionar naquela região. Embora lá exista um grande estacionamento, nós ainda não sabíamos como funcionava; então melhor mesmo era ir mais cedo. Saímos de casa às 7h30 para uma aula que iria começar as 8h30, porém aquela foi a melhor decisão: ao chegar nas imediações da escola nós não encontramos absolutamente nenhum lugar para estacionar. Demos algumas voltas e encontramos uma vaga a três quarteirões de distância.



Após estacionarmos, seguimos para a escola. Entramos rapidinho e seguimos direto para o stand de informações. Mal dissemos que éramos estudantes da francisação e o senhor que estava dentro do stand foi logo apontando para um quadro onde já havia muitas outras pessoas que tinham chegado antes de nós. Puxa, esse pessoal acorda mesmo cedo para o primeiro dia de aula, e olha que era somente o pessoal do curso da francisação!!!

Após localizarmos nossos nomes, anotamos os dados da sala na qual iríamos ficar e rapidinho seguimos para lá.

Chegamos na porta e não havia ninguém por lá. Daqui a pouco foram começando a chegar uns e outros e nós lá em pé, calados e meio sem jeito. Mas como sou muito introvertido (quem conhece, que o diga!!!) então não foi muito difícil começar ali mesmo um papo informal. Conversa vai, conversa vem e daqui a pouco já estava conhecendo duas ou três pessoas; evidente que até esse momento só se falava em inglês.

Vão chegando mais e mais alunos e daqui a pouco vem uma Québécoise baixinha e animada, falando com todos já pelo corredor; ela abre a porta e pede para todo mundo entrar. Tomei a frente, entrei, e sentamos logo na primeira fila (aluno estudioso é assim mesmo, senta logo na frente para não ficar conversando 'miolo de pote' e prestar mais atenção às aulas - risos).





Todo mundo super desconfiado, falando com toda a educação e com muito 'rique-fife'. A monitrice (palavra francesa que designa 'monitora') apresentou-se: chama-se Veronique, nascida aqui no Québec. Ela realmente é um amor de pessoa e logo nos primeiros minutos já deu para ver claramente que ela não tem um parafuso a menos: pelo que parece e constatamos nos dias seguintes ela na verdade não possui parafuso algum, pois é excessivamente dinâmica, alegre, hiper-ativa e dedicada ao que faz. Com isso, conquistou de imediato a turma e logo nos primeiros minutos já estava o gelo quebrado completamente.





Recebemos algumas explicações superficiais de como seria a carga horária diária do curso, dividida entre quatro horas com o professor, três horas com ela (Veronique) e uma hora para o almoço; desde o primeiro dia até hoje podemos dizer que esse horário é literalmente respeitado. Também fomos informados que teríamos uma outra monitrice nas segundas-feiras, essa de origem afegã chamada Mayla onde no curriculo da mesma consta serviços prestados para imigração e outros escritórios do governo.


Terminado o horário da monitrice e começado o do professor, então entra o prof. Mathess; ele é Haitiano com francês impecável, aprimorado durante os oito anos em que morou na França. Notamos que ele é excessivamente paciente e não se cansa em repetir as coisas, por mais elementares que sejam: basta alguém pedir que ele volta à raiz da questão até chegar na explicação real do questionamento feito. Pense em um professor tranqüilo para ensinar, com uma dicção super clara e conhecimento profundo do francês; ele sempre explica as pronúncias e as particularidades do francês do Québec e o francês falado na França que é o francês correto. São algumas pronúncias que o québécois 'inventou de mudar', em alguns casos ele usa algumas formas contractas que prejudicam o entendimento do que se aprende no francês. É bom conhecer para saber do que se trata, mas utilizar as expressões vai da escolha de cada um. O bom mesmo é que o professor mostra isso com bastante detalhes, não deixando ninguém com dúvida do que é que se está falando em francês.



Em uma breve descrição da nossa turma, posso dizer que a mesma é literalmente uma mistura de cultura e tradiçoes onde temos como colegas de sala pessoas de diferentes nacionalidades, fazendo um ambiente totalmente multicultural. Além de nós, "os únicos brasileiros", na sala temos a companhia de amigos do Afeganistão, Alemanha, Armênia, China, Colômbia, Cuba, Guatemala, Iraque, Líbano, República Maldávia, Rússia, Síria e Sri-Lanka.

Além dos países acima citados temos que adicionar o Brasil, do qual somos os representantes, o Haiti (professor), e o Canada (a monitrice), totalizando representantes de quinze países diferentes, o que nos proporciona essa oportunidade única de integração e estreitamento de culturas que o dia-a-dia está nos oferecendo, pois notamos que enquanto os dias passam, a semana termina e outra começa, podemos sentir que todo mundo da sala desenvolve uma afinidade maior com o próprio grupo. Não é propaganda da Credicard, mas tudo isso que estamos vivenciando "não tem preço".

Se vocês observarem a nossa turma é um verdadeiro barril de pólvora, só espero que nenhum engraçadinho invente de levar o pavio e tente acendê-lo!!!!

O primeiro dia foi meio chato e cheio de restrições porque nós não nos conhecíamos "uns aos outros", mas passada a primeira semana a coisa ficou altamente convidativa e muito mais amistosa.



Só para descontrair e ainda no primeiro dia, logo após o almoço nós ficamos sabendo que a alemã Karin foi multada em Can$ 85,00 (oitenta e cinco dólares) porque fumou em uma área na frente da escola onde não era permitido(veja na foto acima um dos pequenos desenhos que existem nas calçadas da escola), pois só é permitido fumar com a distância mínima de 11 metros do ambiente escolar, da calçada da escola e como ela estava bem próxima, o sistema de câmeras pegou-a no flagra e o segurança da escola foi lá e aplicou a multa. Ela tentou argumentar que não foi avisada e não sabia, mas aqui leva-se em consideração que você tem conhecimento das leis. Não teve apelação: foi multada e teve 30 dias para pagar. Fora essa resenha para descontrair, daqui a pouco chega uma pessoa batendo na porta e devolvendo uma carteira recheada com documentos e dinheiro. Quando procurou-se saber quem era o dono, era do afegão da sala. Tudo bem, ficamos todos calados porque isso é normal, pode acontecer com qualquer pessoa e em qualquer lugar. Passado mais algum tempo e já perto de irmos embora, chega um dos seguranças batendo na porta da sala. Quando ele mostrou aquela carteira, de longe todo mundo já olhou para trás: não deu outra, era novamente a carteira do nosso amigo do Afeganistão que tinha ido novamente no banheiro e tinha novamente esquecido por lá, é mole??? Nessa hora todo mundo já soltou aquele famoso "ahhhhhh...". A partir daquele momento tudo já dava a parecer que a turma era um pouco animada.

Não restou dúvida alguma em relação à turma: logo durante o início da segunda semana todos já começavam a querer conversar mais e mais uns com os outros e isso foi ficando cada vez mais presente.



Durante o decorrer da semana aconteceu uma coisa sem explicação aparente: na hora do almoço começaram a se chegar o alemães Patrik e Karin, os chineses Uei-au e a Liang, a russa Yana, o guatemalteca Saul, a libanesa Poline e a cubana Milayde, e sempre que sentávamos, todos eles procuravam sentar-se com a gente na mesma mesa. Sabendo disso, estamos sempre usando de bom senso e procurando sentar em mesas com lugares para caber todo mundo. Na segunda semana a conversa era toda em inglês para equalizar e facilitar para os nossoa colegas chineses e os alemães, pois eles possuem uma maior dificuldade para entender o francês, isso sem falar na nossa amiga Yana, a russa, pois “a situação dela está russa” mesmo: digo isso porque ela não fala absolutamente NADA de inglês, apenas tem o russo como língua materna e mais nada.

Aqui e ali sempre mais uma novidade. Foi por um acaso que na quinta-feira da segunda semana
após nosso almoço nós estávamos conversando com o nosso grupo quando o meu ouvido detectou no ar o sinal de uma língua possivelmente conhecida... Sentado, eu inclinei meu corpo um pouco mais para trás com a finalidade de identificar algumas palavras meio conhecidas. Não deu outra: era realmente alguém falando português em outra mesa atrás da nossa. Então eu, com toda a minha profunda "introspecção", levantei da nossa mesa, fui até à mesa vizinha e já cheguei perguntando se as duas jovens que encontravam-se ali falavam português. Para minha surpresa, fiquei sabendo que as duas eram do nordeste, mais especificamente uma de Recife (Ana Rosa) e a outra de Campina Grande (Keila) com a qual já saimos em um pic-nic no parque Mont-Royal. Daí pra frente não precisa nem dizer que trocamos e-mails e telefones e já estamos estreitando os contatos cada vez mais.

No dia seguinte após o almoço eu e Edjane seguimos para o 3° andar onde está a nossa sala e fomos ao banheiro para fazer nossa higiene bucal (escovar a chapa - risos). Daí que os dois banheiros estavam ocupados e como eles ficam lado a lado então começamos um papo qualquer. Só sei que nos aparece uma outra jovem por trás de Edjane, olha para nós e pergunta: "Vocês falam português?". Bom, pra encurtar a história (pois eu não gosto de escrever nadinha), a nossa nova amiga é da Bahia, (Maira) e tem mais um detalhe: essa jovem conhece Bayeux, Mari e outras cidades do interior da Paraíba, não me perguntem “como”, pois não saberia responder.

Québec, você que se cuide, porque pelo que parece os nordestinos estão vindo aí e não são poucos!!!

Na terceira semana tivemos um encontro geral com os alunos de outra turma de francisação, do mesmo nível que o nosso, em uma sala previamente preparada para nos receber. Entao não precisa nem dizer que a quantidade de países presente aumentou ainda mais com representantes da Índia, Paquistão e outros lugares. Para nossa surpresa encontramos mais um brasileiro, o Nilson. Ele é bem tranqüilo e graças a ele, numa oportunidade em que eu estava com o notebook na escola ele habilitou o bendito "til" ~ ~ ~, pois tem duas teclas aqui com o til, porém não estava habilitado para aparecer em cima das vogais e grátis ele habilitou o notebook para a rede wireless que a escola possui; ao mesmo só posso agradecer pela gentileza. Na nossa mesa ficamos o Nilson, Edjane e eu, e fomos os únicos que não precisamos de tradutores porque todo o contexto exposto em francês pela palestrante foi por nós entendido na íntegra; em outras palavras significa que “os três cabeções” representantes do Brasil são 'tampa' mesmo. Enquanto isso, nas outras mesas tinha sempre um tradutor para o grupo. Os tradutores são alunos do último nível de francês que são chamados para ajudar aos que participam dessa palestra inicial. Se antes eu achava que tinha gente de diferentes países em nossa sala, então precisavam ver depois que juntaram as duas turmas para essa palestra: aí sim é que se pôde notar ainda mais o multiculturalismo reinante no ambiente.

A palestra girou em torno da apresentação mais detalhada da escola e do curso de francisação como também mostrou e explicou o que iríamos encontrar ao longo das 33 semanas de curso. Essas semanas são divididas em 3 níveis, onde cada nível corresponde a 11 semanas de curso intensivo.

No fim da palestra e após todos se levantarem para sair, levanta-se da mesa dos russos uma russa e vem em nossa direção. Já chega sorrindo e dando um "olá" bem brasileiro. Conversamos um pouco, ficamos sabendo que ela morou por vários anos em Foz do Iguaçu e realmente aprendeu um português de dar inveja: ela não cometeu nenhum erro, realmente um português fabuloso e impecável.

Agora que já estamos entrando na quarta semana então já sentamos todos na mesa querendo e falando o francês. Evidente que existem várias arestas a serem cortadas e lacunas a serem preenchidas, pois ainda falta e muuuuuiiiiiiiiiito aprender o francês com as suas variações québécoises, mas o principal é que todo-mundo-ajuda-todo-mundo e todos sempre se ajudam explicando entre si o que se entende nas aulas, e durante o almoço, que dura uma hora, temos tempo suficiente de explorar em grupo perguntas pertinentes às culturas do outro, novamente sou obigado a repetir o que já havia dito anteriormente, tudo isso é como o Mastercard: "não tem preço".

Vou ficar por aqui e terminar as outras oito matérias atrasadas que já deveriam ter sido postadas no blog. Estamos nos dedicando muito à francisação e isso toma quase todo nosso tempo.


Erivaldo


domingo, 3 de agosto de 2008

Programas provinciais para quem deseja imigrar.



Programas provinciais para os futuros interessados em imigrar para o Canadá.

Desde nossa chegada aqui no Canadá muitas novidades e mudanças diversas no sistema de imigração aconteceram. Abaixo estão os links das novas regras adotadas para províncias que anteriormente possuíam regras mais inflexíveis, porém agora as mesmas províncias encontram-se em fase de mudanças e essas mudanças encontram-se descritas nos referidos links. Destaco a contribuição do nosso amigo Marco2XMarco que autorizou a publicação da pesquisa dos links:


- Ontario: programa recente lançado em 2007, que visa facilitar a imigração de profissionais chaves para as empresas da Provincia, em 2007 ocorreram 500 processos, os demais imigrantes devem proceder pelo processo federal do país.
http://www.ontarioimmigration.ca/french/PNP.asp

- Alberta: Apenas para candidatos selecionados previamente por um empregador que atue na província. http://www.albertacanada.com/immigration/immigrate/ainp.html

- Colúmbia-Britânica: O programa de candidatos desta província permite uma seleção prévia antes do início do Processo Federal de migração. É exigido, basicamente, que o candidato possua uma profissão que esteja em demanda na província. http://www.ei.gov.bc.ca/ProgramsAndServices/PNP/index_french.htm

- Manitoba: Visa selecionar profissionais em demanda, exige uma oferta de emprego, diversas categorias de imigração. Ampla oferta de programa e admissibilidade. http://www.gov.mb.ca/labour/immigrate/immigrate/how/index.fr.html

- Nouveau-Brunswick: Privilegia apenas profissionais que possuem uma oferta de emprego antecipada e para empreendedores. http://www.gnb.ca/immigration/index-f.asp

- Terra Nova e Labrador: Voltado para candidatos que atendam às necessidades de mão-de-obra da província. Se o candidato atinge, no mínimo, 50 pontos, poderá receber um status de seleção nominal por parte da província, o que facilitará no Processo Federal. Permite que quem realize curso superior na provincia seja residente permanente e facilitou sponsor para familiares. http://www.nlpnp.ca/index.html

- Nova Escócia: Esta província aceita, basicamente, candidatos que possuam ofertas de emprego, empreendedores ou pessoas que possuam algum tipo de "conexão" com a província, incluindo estudos superiores. http://www.novascotiaimmigration.com/en-page7.aspx

- Ilha do Príncipe Eduardo: Programa parecido com o de Terra Nova e Labrador, inclusive no que se refere a pontuação. http://www.gov.pe.ca/immigration/index.php3?number=1014385&lang=E

- Saskatchewan: Apenas para quem possui uma oferta de emprego prévia ou trabalhou na província, nos últimos seis meses, com visto de trabalhador temporário. http://www.immigration.gov.sk.ca/about/

- Yukon: Praticamente no Ártico, muitos pensam que este território canadense iria facilitar as coisas por causa disso, mas se enganaram, a provincia também possui um programa de imigração que exige um emprego pré-arranjado do imigrante.
http://www.immigration.gov.yk.ca/

- Quebec: O mais famoso, desenvolvido e bem-sucedido programa de imigração provincial do Canada. Único que exige a língua francesa como pré-requisito para imigração. http://www.immigration-quebec.gouv.qc.ca/fr/index.asp