Sejam bem vindos


A todos que visitam esse blog nosso cordial abraço de boas vindas e que possam colher bons frutos no tocante ao interesse de poder imigrar LEGALMENTE para o Canada ou meramente para conhecer e desfrutar das informações de um país multicultural que possui uma excelente qualidade de vida e que atualmente apresenta um alto desenvolvimento em todos os campos, seja na saúde, educação, emprego.
Convido a todos que entram nesse blog para que juntos possamos todos compartilhar passo a passo, dia a dia, o que é conhecer esse novo país.

Dentro das nossas possibilidades, iremos atualizar o blog semanalmente.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Aviacao canadense


Fabrica da Bell Helicopters aqui em Montreal, ou melhor, em Laval.
Jah fui conhecer a Bombardier

terça-feira, 22 de abril de 2008

A viagem



Em João Pessoa, pesar e preparar malas, checar documentos.

Já que recebi alguns e-mails pedindo que eu fosse altamente detalhista ao descrever toda a história, então vamos ao detalhes para quem gosta e também já vou informando que não irei usar termos técnicos vinculados à aviação, nem também excessivas expressões em francês ou inglês, pois respeito todas aquelas pessoas que não entenderiam tal procedimento.

Dia 05 de abril, véspera do tão sonhado embarque para iniciar tudo, algumas coisas a fazer, retifico, MUITAS coisas ainda por fazer, pois embora tivéssemos tentado minimizar o máximo a questão de não deixar tudo para a última hora, não sei como aparece tanta coisa para fazer, amigos que acabei não visitando, outros que chegaram na última noite para conversar, familiar que foi em casa para despedir-se, telefone que não parava de tocar… E você olha para trás e vê aquelas malas ainda para arrumar... Diga-se de passagem que eram três malas bem grandes, pois Edjane e eu chegamos a um acordo de fazermos uma mala só para mim, outra só para ela e uma terceira mala com pertences dos dois, mas não iríamos passar além disso… Sem falar na questão da pasta com os documentos pessoais e com os documentos originais para nossa imigração; essa pasta não saiu da minha mão um só minuto, nem mesmo dentro do avião.
Incrível como uma pasta fina consegue "engordar" tanto, digo isso porque ela era fina e só tinha alguns documentos principais; depois vai-se colocando mais um e mais outro documento e daqui a pouco parece que o zíper vai estourar... Foi isso que eu imaginei quando vi a pasta no dia de embarcar.

Já na parte da tarde começa aquela correria para pesar as malas, para não deixar ultrapassar o peso dos 32kg por mala nos vôos internacionais. Essa bateu na trave, pois pesamos uma delas e deu 31,6kg. Por razões de segurança, resolvemos tirar algumas peças de roupa e deixar com os 31kg "redondos", porque optamos em colocar um plástico ao redor das malas, o famoso "Protect Bag", e ficamos com receio de algum contratempo na hora do embarque.
Preparamos para cada mala uma etiqueta (se é que posso chamar de etiqueta, melhor chamar de cartaz) para colocar por fora da mala, fizemos isso para um eventual extravio (o que irá acontecer nessa história), então colocamos exatamente NOME e ENDEREÇO do destinatário, colocamos o nosso nome e o endereço de um amigo aqui de Montreal, o TELEFONE dele de contato, a CIDADE e o CEP.

Após a preparação e pesagem das malas, seguimos rumo a um salão de beleza para a esposa dar um "tapa" no cabelo, um "trato" nas mãos, pele, etc. e tal, coisas de mulher mesmo; quanto a mim, foi mais prático cortar o cabelo na máquina no número 1, fazer a barba e pronto.
Toda essa brincadeira deixa qualquer um cansado mesmo, digo, muito cansado mesmo, mas aí, ao entrar a noite, ainda seguimos para fazer mais quatro últimas "visitas de médico", isso já por volta das 19h. Bem, conseguimos chegar em casa à meia noite e meia, mas como deveriamos estar no aeroporto em João Pessoa às 3h da madrugada resolvemos não dormir, pegamos direto, levados pela adrenalina que a essa altura dos acontecimentos estava a mil.
Embarque em João Pessoa para Guarulhos, etiquetagem das malas, colocamos as etiquetas por fora delas, protegidas com o "Protec bag", e já estavamos prontos para liberá-las.
As 2:45h da madruga chega lá em casa a minha sobrinha com o noivo e com meu irmão para ajudarem a levar toda a bagagem, pois dentro de um corsinha bolinha só coube mesmo as bagagens no porta malas e no banco de trás; na frente só Edjane e eu. Então seguimos para o aeroporto.

A escolha de embarcar logo no primeiro vôo foi nossa pois, caso acontecesse qualquer eventual contratempo, nós iríamos ter um outro vôo após o nosso, assim não comprometendo o vôo internacional que pegaríamos à noite.

Chegada tranqüila no aeroporto, desembarque de malas, e fomos passar o "Protect Bag" para protegê-las. Pense em uma maravilha que foi fazer isso, malas hiper protegidas e despachadas até Toronto (nessa parte aconteceu um erro que será enfatizado posteriormente). Após isso tudo, curtir os últimos momentos com a família, fotos, abraços, piadas e muito desejo de boa sorte e bênçãos. Depois, é chegada a hora de embarcar e já na fila para passar pela inspeção do aeroporto aparece um outro amigo com a esposa e filhos para despedir-se; aí foram mais alguns minutos de abraços e desejos de sucesso. Em seguida fomos para o embarque e posteriormente para o avião da TAM, um Airbus 320 para fazer um tranqüilo vôo com uma escla em Recife e destino final Guarulhos.


Chegada em Guarulhos, importância dos amigos, apresentação para embarque, DPV, AirCanada.

Após um vôo tranqüilo em Guarulhos, nós tivemos a bênção de estar sendo esperados por amigos: o Rafael, que é mecânico da TAM em Guarulhos, e sua "quase esposa" Fabíola, os quais ficaram todo o dia nos acompanhando até nos levar para embarcar à noite. Saímos para almoçar e depois seguimos para o aeroporto. Preferi chegar lá bem mais cedo do que as duas horas necessárias e foi aí que acertei em cheio na escolha, inclusive aconselho fortemente que todos utilizem dessa precaução, pois foi gracas a ela que não tivemos maiores dissabores, explico… Após nossa chegada no aeroporto encontramos de imediato uma ex-aluna (Ana), a qual ajudei a "organizar as idéias na cabeça". Não posso dizer que eu ensinei alguma coisa, pois tudo já estava anteriormente na cabeça dela, e graças a Deus e a ela mesma, hoje ela é comissária da TAM.

Após o encontro de todo mundo seguimos direto para a fila do check-in. Logo que chegamos, constatamos uma fila quilométrica. Pensei que iria perder o vôo (e olha que chegamos cedo, antes das duas horas previstas). Logo de imediato quem ficou na fila foram a Ana e a Fabíola com nossas bagagens de mão, pois quando embarcamos em João Pessoa as bagagens já haviam sido despachadas direto e ficamos apenas com as etiquetas de bagagem na mão. Enquanto isso Rafael, Edjane e eu seguimos direto para fazer a nossa DPV (Declaração de Porte de Valores e início da novela mexicana - pense em um nó cego!!!). Bem rápido nos três seguimos pelo aeroporto até chegar no local previsto para apresentar a DPV que eu já havia feito em casa pela Internet, porém existia lá afixado um aviso de que aquele setor da Receita havia mudado para um outro local dentro do aeropoto; convém resaltar que esse local ficava distante e no piso inferior.

Seguimos para lá mais apressados ainda, pois sabíamos que a fila onde as meninas tinham ficado certamente estava andando. Bem, quando chegamos nesse segundo local, para nossa tranqüilidade, havia apenas seis pessoas à nossa frente. Mas parecia que a fila não andava (tudo acontece nessas horas) e eu na minha cabeça só pensava na fila andando lá em cima e as meninas chegando cada vez mais perto do check-in. Quando chegou a nossa vez de apresentar a bendita DPV fomos atendidos muito educadamente pelo agente da Receita Federal que, após olhar para a minha DPV, foi logo dizendo que infelizmente não poderia aceitá-la ali porque, para validar a mesma, ele iria precisar de uma impressora e a impressora dele estava inoperante. Bem, aí eu sorri (quase desesperado) e então ele disse que nós poderíamos ir até outro local dentro do aeroporto para fazer a mesma. Diga-se de passagem que nessa hora nós estávamos meio apressados e então, ao invés de andarmos, literalmente corremos até esse outro local indicado pelo agente da Receita: o local era exatamente no DESEMBARQUE dos passageiros de vôos internacionais, ou seja, quando a porta se abria, só havia saída de pessoas. Literalmente nós entramos pela contramão no fluxo das pessoas, e é evidente que na porta fomos os três barrados e questionados sobre o que estava acontecendo… Imagina só a minha tranqüilidade para contar toda a rezenha para aquele jovem que estava me barrando... Então, depois que eu contei tudo, ele pediu para esperar e foi falar com o superior dele; depois me vem o supervisor dele e me questionou sobre o que estava acontecendo… Nessa altura do campeonato eu já estava pensando em não declarar mais nada e sair do Brasil com todo o dinheiro dentro da cueca; acho que deveria ser mais simples do que fazer o que é correto, declarar, provar tudo, documentar, fazer tudo certinho… Mas como eu poderia precisar comprovar na entrada no Canadá a origem do dinheiro durante o processo de imigração, então eu sorri mais uma vez e sutilmente, com muita tranqüilidade, contei novamente a mesma rezenha que eu já tinha até decorado e aprendido a contar de forma reduzida. Foi aí que novamente o supervisor pediu para esperar um pouco, pois ele iria falar com alguém da Receita Federal. Nessa altura dos acontecimentos eu só imaginava a fila lá em cima andando e o pior é que se chegasse nossa vez as meninas iriam dizer o que? Edjane olhava para mim com aquele olhar de desespero e vontade de matar o fiscal, o supervisor, e quem mais aparecesse na frente... Foi quando eu estava conversando com o Rafael que a porta subitamente abriu e me apareceu mais uma vez um outro fiscal da Receita Federal perguntando o que estava acontecendo… hehehehehe… Adivinha qual foi a frase que deu vontade de falar… Bem, engoli em seco e vi que aquela poderia ser a solução dos nossos problemas. E quase foi. Digo "quase", porque após explicar o que havia acontecido a muitos capítulos atrás (que a impressora do setor estava quebrada para validar a nossa DPV), então ele pediu para que o acompanhássemos até uma sala onde tinha um outro fiscal. Foi aí que ele pegou os cheques de viagem (TCs) e perguntou a origem, pediu para ver onde eu tinha comprado e mostrei o documento que o Santander nos deu, provando a origem dos mesmos. Ele nem mesmo leu, mostrei na minha mão e ele olhou para o outro fiscal, pedindo para validar nossa declaração que anteriormente eu já tinha feito pela Internet. Foi quando o bendito perguntou tudo novamente (eu já estava pensando que aquilo era tudo combinado para nos enlouquecer). Eu mal comecei a falar e ele nem mesmo nos olhou, já foi logo dizendo que estava terminando de fazer a validação da declaração que havíamos feito anteriormente via Internet. Na verdade as nossas duas validações de DPV não duraram nem cinco minutos; não acreditei que a novela mexicana estava chegando ao fim. Literalmente todos nós ficamos calados na sala, esperando os próximos capítulos, e na minha cabeça eu só conseguia ver a fila andando e as meninas chegando mais perto do check-in. Quero destacar bem a questão de quem possa estar em Guarulhos com amigos que o faça; se não fosse isso, nós estaríamos em péssimos lençóis e teríamos que pegar a fila somente depois que fizéssemos nossa DPV, pois eu não poderia deixar Edjane na fila do check-in e ir resolver o problema da DPV, pois era necessária a presença dela para assinar os papéis da validação também.

Repentinamente, o fiscal nos deu as benditas validações das nossas DPVs. Bem, não precisa dizer que saimos dali muito rápido mesmo, dessa vez acompanhando o fluxo normal dos passageiros que desembarcavam. Quando chegamos no saguão do piso superior, lá estavam as meninas e nossas bagagens de mão. E realmente a fila anda, pelo menos foi essa a impressão que tivemos, mas o susto maior foi quando olhamos para trás da fila: ela tinha dobrado de tamanho após a nossa chegada. Fica aqui a sugestão de que cheguem no aeroporto pelo menos três horas antes. Acham exagero? Tudo bem, é uma viagem muito significativa para uma mudança de vida, cabe a cada um fazer o que achar melhor; a escolha está na mão de cada um de vocês. Só sei que se não tivéssemos o Rafael para nos guiar dentro do aeroporto (pois ele trabalha no próprio aeroporto e sabe exatamente onde são os locais) e também as meninas para enfrentar a fila enquanto nós resolvíamos a DPV, então estaríamos em péssimos lençóis mesmo. Ficam aqui os nossos agradecimentos ao Rafael e à quase esposa Fabíola, assim como também à minha ex-aluna Aninha.

Na hora que chegamos no check-in da AirCanada fomos prontamente atendidos, solicitados os passaportes e as passagens, e quando a jovem viu nossos passaportes, ela mencionou o fato de que o nosso visto iria expirar no dia 28 de abril. Foi aí que eu gentilmente expliquei que era somente um visto de imigração de entrada única, que não precisaríamos mais de outro visto para entrar novamente no Canadá e que nós não iríamos voltar tão cedo, pois estávamos imigrando e que nossos vistos eram de imigrantes e não de turistas. Foi aí que ela já foi pedindo o documento de CONFIRMAÇÃO DE RESIDÊNCIA PERMANENTE, aquele que tem a sua foto na parte inferior, aquele documento que você vai assinar na frente de um oficial de imigração após entrar no Canadá. Após apresentado o mesmo, ela informou que iria levá-los para apresentar a supervisora, pois esse era o procedimento… Nova novela mexicana... Após alguns bons minutos me aparece ela sorridente, dizendo que estava tudo certo com nossa documentação (pensei que a novela iria acabar aí, mas puro engano meu). Então ela pediu as malas para despachar e nós mostramos os tickets: constava que as malas já haviam sido despachadas diretamente para Toronto. Ops!, ela foi logo dizendo que a atendente da TAM em João Pessoa havia feito um procedimento errado e que as malas deveriam ser despachadas direto para Montreal mas que nós deveríamos pegá-las em Toronto e retirá-las de uma esteira internacional e colocá-las em uma esteira nacional; isso irá ser realmente feito futuramente, mas até chegar nesse ponto ainda irá ter muita história...

Com muita paciência nós perguntamos o que estava faltando, ela nos respondeu que estava esperando a TAM entregar as malas ao pessoal da AirCanada e que até aquele momento elas não haviam sido entregues ainda… Então ela sugeriu que nós embarcássemos mesmo assim, pois certamente as malas ainda seriam entregues e ela trocaria as etiquetas e nos entregaria na porta do embarque (nossa, ninguém merece). Tudo bem, respiramos fundo e graças a Deus como Edjane era a responsável pelo LL (lost luggage) na GOL em Maringá, então ficou mais fácil para ela conversar com a atendente da AirCanada, pois elas falavam "a mesma língua". Foi então que Edjane preferiu não seguir direto para a sala de embarque e o Rafael novamente me auxiliou, levou-me ao setor de bagagens da TAM e lá foi constatado via motorola que as bagagens já haviam sido enviadas naquele mesmo momento para serem entregues ao pessoal da TAM. Então nós voltamos ao saguão do aeroporto e fui novamente ao check-in falar com a mesma atendente e informar que as bagagens haviam sido enviadas naquele momento… Para minha super supresa, ela confirmou com o pessoal da AirCanada que nada havia sido entregue e sugeriu que fôssemos para a sala de embarque pois, assim que as malas chegassem, ela trocaria as etiquelas erradas que estavam nas malas pelas certas que encontravam-se na mão dela e me entregaria as etiquetas na hora do embarque. hehehehehehe…. Só rindo mesmo para diminuir a tensão até aquele momento. Foi nesse exato instante que apareceu o dilema de embarcar sem as malas ou não embarcar; evidente que caso desembarcássemos em Toronto e não encontrássemos as malas, nós iríamos registrar de imediato na AirCanada a falta delas. Bem, segui para o saguão, encontrei Edjane e contei o que aconteceu. Ela aceitou entrar na sala de embarque, nos despedimos do Rafael, da "quase esposa" Fabiola e de Aninha, entramos na sala de embarque, passamos pelos detetores de metal e fomos liberados logo, seguimos para o nosso portão e lá ficamos fora da fila, esperando as benditas das etiquetas. Todos embarcaram e só faltavam mais cinco pessoas entrarem no finger com destino ao avião. Quando chegou a nossa vez, as etiquetas apareceram e lá estavam as nossas malas sendo despachadas para Montreal. Imagina só entrar no avião por último, todo mundo nos olhando... Sabe aquela situação onde todo mundo olha para você e você faz de conta qua não está entendendo e que não é com você? Nossa, não desejo isso para ninguém, é terrivel, péssimo, parecia até que éramos marinheiros de primeira viagem e estávamos chegando atrasados para o vôo (fim da novela mexicana - parte 2).


Vôo de São Paulo para Toronto, jantar, equipe de bordo, sistema de entretenimento off, japonesa a bordo, Embraer 190.

O vôo de São Paulo decolou no horário e aparentemente teria tudo para ser tranqüilo. Verificamos logo no chão enquanto estávamos parados que o sistema de entretenimento era individual: à frente de cada poltrona havia uma tela de cristal líquido (LCD) e nao iríamos ter que ficar olhando muito para cima. Logo que sentamos, reparei com os meus olhos de técnico de manutenção de aeronaves que muitas telas não estavam operando ou operando parcialmente.
Lógico e evidente que com a sorte que eu estava naquele dia, consequentemente as duas telas à nossa frente estariam inseridas nas telas parcialmente operáveis. Ainda em solo foi verificado o problema e tentado duas vezes infrutiferamente dois reset no sistema de entretenimento, mas infelizmente não se obteve resultado, ou seja, para nós, o nosso entretenimento estava parcialmente comprometido. Após esse pequeno-grande inconveniente realmente nós decolamos e depois de uma hora aproximadamente foi servido o jantar (preparem-se para os pratos cada vez menores): um omelete básico, refrigerante, café e bons sonhos…

O nosso vôo até esse momento estava sendo agradável e sem maiores anormalidades até que pela manhã todos acordaram, lógico, com uma passageira japonesa a qual estava com um grupo de japoneses. Acredito que ela estava à frente e queria aparecer para todos: falava alto, era mal educada e ficava querendo trocar as pessoas de lugar, uma espertinha mal educada. Bem, logo foi servido o café da manhã e logo após o café todo mundo resolve ir ao banherio ao mesmo tempo. É incrível mas isso sempre acontece, pelo menos nos vôos internacionais que fiz isso sempre aconteceu e nesse não foi diferente. Fui ao banheiro enquanto Edjane ficou sentada, guardando a nossa pasta com os documentos. Após voltar, ela levantou-se e foi ao banheiro. Existiam dois banheiros na parte traseira da aeronave e o pessoal educadamente fez uma fila única e a fila foi naturalmente andando. Quando chegou a vez de Edjane servir-se do sanitário, aí apareceu a japonesa novamente: muito espertinha, ela passou toda a fila, foi lá para a frente de todos e foi logo organizando duas filas, uma para cada banheiro. Ela foi querer ficar na frente de uma das filas, foi aí que Edjane lembrou-se de um ditado que eu digo sempre: "um doido só é doido até quando encontra outro mais doido ainda". Então, simplesmente quando a porta do banheiro que a pré-suposta japonesa iria entrar abriu-se, Edjane simplesmente colocou o braço, pediu licença e entrou na cara de pau. A espertinha da japinha queria era furar toda a fila e ser a primeira, porém ela dançou, dançou.

Após o pouso em Toronto, todo mundo naquela maior vontade de sair logo do avião, observei que ninguém, absolutamente ninguém levantou antes dos sinais luminosos de apertar cintos serem apagados. Após todo mundo sair, inclusive nós, estávamos em tanto estado de graça que não estávamos nem com pressa de fazer a imigração. Saimos do avião e, enquanto seguíamos pelos corredores do aeroporto, parávamos e batíamos várias fotos. Depois de algum tempo chegamos na sala de imigração onde já tinha uma fila imensa. Entramos na fila e depois de nós chegou ainda mais gente de outros vôos. Adivinha que chegou beeemmm lá atrás? A dita cuja japonesa que deve ter pego algum caminho errado dentro do aeroporto para só chegar depois. A fila foi andando até que chegou a nossa vez (lembrem-se de parar na linha amarela e só vá até o guichê quando for chamado, mesmo que as pessoas já tenham saído), então fomos chamados e fomos até o oficial de imigração. Após um bom dia ele foi logo perguntando o motivo da viagem, se era turismo; respondi que estávamos imigrando. Em seguida ele perguntou a quantia que estávamos portando, depois ele só conferiu o visto e já foi logo riscando o mesmo e por último mostrou que deveríamos ir para outra sala; essa segunda sala é justamente para aquelas pessoas que encontram-se imigrando ou imigrantes que estão voltando de férias. Nessa segunda sala nós pegamos outra fila, realmente um pouco menor: contei cerca de 65 pessoas na nossa frente mas eram famílias, casais, e essa fila também andou rápido. Quando estava faltando somente 10 pessoas à nossa frente adivinha quem aparece novamente para fazer aquela festa? Isso mesmo, a japonesa entrou já falando inglês em tom imperativo, puxando um casal de japoneses que certamente não falava inglês e já foi logo passando por baixo dos cordões divisórios (dos que se usam em bancos para organizar as filas). Meu amigo, alguém esqueceu de avisar a japonesa que aqui os direitos são iguais para todas as pessoas, independente de cor, classe, credo, classe social ou qualquer outra coisa! Como ela se dirigiu direto ao guichê, já foi logo ganhando um esporro forte da atendente, dizendo que ela não foi chamada e que por favor fosse para a fila. A japonesa muito da esperta nem escutava a oficial e ficava dizendo que tinha pressa porque aquele casal de japoneses iriam perder a conexão para um vôo para o Japão. A oficial de imigração repetiu novamente a mesma frase só que dessa vez em tom mais áspero… A japonesa ainda insistiu, nisso toda a sala parou e ficou só assistindo aquela cena ridícula de falta de educação da japonesa. Então, para aliviar as coisas, alguns brasileiros que encontravam-se na fila falaram logo para a japonesa que era para ela voltar para a fila lá atrás. Foi aí que ela novamente, pela terceira vez, ainda virou-se para a oficial de imigração e tentou novamente argumentar. Não deu outra: apareceu um cara 4X4 ao lado da japonesa e foi logo dizendo que se ela não fosse para trás da fila, era iria ser presa. Enquanto isso, ela foi orientada para deixar o casal de japoneses mais idosos na fila e que ela se retirasse da sala pois ela não iria embarcar no vôo, então não precisaria estar ali presente. Aí ela foi inventar de argumentar que o casal não falava inglês, pense numa cena deplorável! Não deu outra: ela não foi presa, mas foi colocada para fora da sala sendo escoltada pelo camarada 4x4.

Bom, no balcão, quando chegou nossa vez, fomos atendidos exatamente pela oficial que deu os esporros na japonesa, mas ela nos tratou muito bem. Foi nesse balcão onde ela pediu para ver os nossos CSQs e a CONFIRMAÇÃO DE RESIDÊNCIA PERMANENTE (aquele que tem a foto). Perguntou a quantia com que estávamos entrando no país, depois pediu o endereço que iríamos ficar aqui no Canadá e avisou que o endereço que fosse informado ali naquele momento seria o endereço para o qual seriam encaminhadas as nossas carteiras de residente permanente. Em seguida ela pediu para assinarmos na frente dela, conferiu os nomes, depois nos deu mais alguns livros sobre o Canadá, deu as boas vindas, desejou boa sorte e saimos para pegar as malas que encontravam-se ainda na esteira de vôos internacionais. Teríamos que pegar as malas e colocá-las na esteira de vôo doméstico, já que estávamos dentro do país e o próximo vôo seria de Toronto para Montreal.

Seguimos até o local para retirar as nossas malas e eu estava pensando que só iriam estar as nossas. Ledo engano, pois chegando lá ao lado da esteira estava cheio de malas, justamente das pessoas que encontravam-se nessa última sala ajustando o seu status no Canadá, seja de imigração, estudo, ou qualquer outro.

Conferimos os lacres, verificamos que foi altamente importante a utilização do "Protect Bag" (aquele saco plástico que se passa para proteger as malas - aconselho fortemente a utilização dos mesmos nas suas malas) e após retirarmos as três malas grandes seguimos direto para uma outra sala para declarar os bens, justamente a declaração de bens e valores. Chegamos na sala, tinha vários guichês e somente nós lá para sermos atendidos, foi super hiper ultra tranqüilo. Seguimos até a linha amarela no chão e paramos. Lembrem-se de parar, mesmo que não tenha ninguém nos guichês sendo atendido; eles CHAMAM você e você vai até eles. Fomos chamados e fomos atendidos por uma simpática oficial que perguntou de onde estávamos vindo, o que tínhamos a declarar (é aquele documento que você preenche na Internet - tem no blog, é só tirar cópias dele e preencher em casa). Após ela conferir no papel o que estávamos levando, ela questionou se iríamos levar mais alguma coisa do Brasil posteriormente; respondi logo que não (senão iria ter mais burocracia). Depois ela perguntou o valor que estavámos entrando e eu respondi, perguntou se tinha mais alguma coisa que não estava declarado e então lembrei que estávamos com três caixas de chocolates que Edjane levou em mãos; informamos das caixas a ela, ela sorriu e disse que não precisava declarar. Depois ela ficou conversando informalmente com a gente e disse que ainda não tinha conhecido o Brasil mas que gostaria. Conversamos um pouco mais e oferecemos uma caixa de chocolates a ela, que nos informou que infelizmente não poderia aceitar porque são normas. Tudo bem, ela não sabe o que perdeu... Pronto, ela nos liberou e fomos despachar as malas. As malas não foram abertas nem vistoriadas, porém cada caso é um caso, acredito muto que depende da forma que você responde para eles; simplesmente eles acreditam no que você fala, porém se você falar uma mentira, você pode pagar caro por isso.
Depois das malas colocadas na esteira do vôo destinado a Montreal, nós seguimos para o portão de embarque. Mas nós tínhamos muito tempo ainda, pois como conhecemos os procedimentos de aeroportos somados aos procedimentos que nós NÃO conhecíamos da imigração em relação ao tempo que iriam tomar para verificar toda a documentação, então achamos melhor marcar para um vôo mais tarde que só iria decolar de Toronto para Montreal as 11h da manhã, ou seja, estávamos muito tranqüilos e sem pressa; isso era em torno de 9h30 da manhã e nem mesmo se acontecesse um imprevisto na imigração, não iria trazer nenhum comprometimento ao nosso embarque para Montreal. Pensem assim também, usem de excesso de cautela para depois não ficarem chorando ou preocupados em perder a conexão do vôo que sai logo de imediato.

Perto da hora seguimos para sala de embarque e para minha surpresa embarcamos em um avião brasileiro para fazer a etapa de Toronto para Montreal, um Embraer 190 impecável por dentro. Todos os assentos tinham também o sistema de entretenimento individual, igual ao que estava no vôo internacional, porém dessa vez demos sorte, pois todos eles estavam funcionando. Não deu outra : explorei bastante todo o sistema, tinha que aproveitar e descontar o que não aproveitei antes.


Montreal, primeiros dias

Chegamos em Montreal por volta do meio dia. Após o desembarque fomos direto pegar as malas e para nossa surpresa apenas duas das três malas que nós mesmos colocamos na esteira haviam chegado. Sem nenhum estresse e com a maior tranqüilidade fomos direto ao balcão da AirCanada abrir o processo da mala, super rápido e fácil. Saimos logo em seguida e dou de cara com o meu amigo Paulo Tumilassi esperando. Ele nos recebeu, nos deu as boas vindas e a chave do studio que ele alugou com o dinheiro que eu enviei anteriormente e dali mesmo passamos na casa dele, pegamos a esposa dele e fomos almoçar. Em seguida ele nos levou para nosso studio (kitnet), local onde estamos até encontrar um apartamento que julgamos ideal para nossas necessidades iniciais.

Mal chegamos no studio, tomamos banho e já fomos saindo para comprar alimentos, pois estavámos sem nada dentro da geladeira. Andamos ao redor do quarteirão e o que não faltava de um lado e do outro era padaria, supermercado e outros lugares para comprar alimentos. Evidente que iria também compar um despertador ou certamente não iria acordar tão cedo, assim como material de limpeza, água, frutas, etc…

Fizemos uma compra de tudo, agora imagina só depois de toda essa história que começou na noite da sexta para o sábado, lembram-se que nós não durmimos até agora? Pois é, ainda tivemos que sair e comprar algumas coisas ou então ficaria ainda pior pela manhã: acordar e não ter nada para comer.

Fizemos as compras, levamos tudo para casa e depois de um bendito e merecido banho só acordamos na segunda feira por volta de meio dia. E olha que se deixasse ainda iríamos dormir mais: uma temperatura agradabilíssima em torno dos 4 graus e durante a noite ainda estava menos. Só sei que acordamos para literalmente nascer novamente, pois até então nós iríamos ter que começar a providenciar a série de documentos para começar a poder fazer algo aqui, mas isso ficou somente para terça feira, pois o cansaço e o estresse da viagem foram demais. Então como nós não estávamos fugidos da polícia, resolvemos literalmente tirar a segunda feira para dormir, mas um pouco antes ligamos para um casal de amigos nossos que chegou aqui apenas dez dias antes de nós. Eles também são de João Pessoa: o Cláudio, a Nara e a Chloe. Depois desse telefonema, fomos até a terça feira dormindo.

A terça feira foi literalmente o nosso primeiro dia em Montreal. Ligamos para o nosso amigo que nos recebeu no aeroporto, o Paulo Tumilassi, e ele já foi confirmando a chegada da mala extraviada. Amigos que estão preparando-se para vir, levem em consideração que o extravio de uma mala pode acontecer, portanto fica aqui outra dica importante: distribua igualmente em cada uma das malas peças de roupas de todos os que estão vindo. Já imaginou se essa mala que tivesse sido extraviada só contivesse roupas da sua esposa? Depois do café ligamos novamente para o Cláudio e a Nara e eles nos passaram detalhes do que deveríamos fazer, nos deram as informações do metrô que é super, hiper, ultra simples de utilizar aqui, impossível um ambiente mais seguro. Eles nos orientaram para comprar um passe do metrô que também serve para o ônibus. Nós compramos o semanal porque já chegamos com o mês em curso e não era mais vantagem o mensal, mas iremos comprar o mensal no início do mês. Bem, o cartão do metrô, para quem tem curiosidade, é um cartão do tamanho de um cartão de crédito, só que é de papel, um papel bem mais grosso e com uma tarja magnética e uma vez que você o compra, ele serve para o metrô e para o ônibus, é um show. Principalmente na primeira semana nós usamos muito, já não aguento ver nem metrô, nem ônibus na minha frente. Quanto ao Cláudio e a Nara e as informações relevantes que eles nos passaram, isso fez com que nós providenciássemos os documentos todos em uma única semana, ou melhor, em quatro dias tínhamos dado entrada em tudo, só mesmo a habilitação é que marcamos pelo telefone depois, pois pensávamos que iríamos precisar de algum documento específico daqui. Foi erro nosso, pois deveríamos ter ligado logo no segundo dia após nossa chegada; iremos fazer prova no início do mês. Fica aqui mais uma sugestão para aqueles que estão vindo após a gente: assim que chegar, no dia seguinte liguem logo para agendar a sua prova teórica para tirar a sua habilitação, porque depois da aprovação você ainda vai ter que agendar outra prova, a prova de direção na rua, e para agendar a primeira prova eles só vão pedir o seu NOME e SOBRENOME e DATA DE NASCIMENTO. Como tem que ser agendado para duas semanas depois, então você tem tempo de sobra para providenciar o que precisa, que é só a habilitação brasileira devidamente traduzida no Consulado Brasileiro aqui e pagar a quantia de Can$ 18 por pessoa no próprio Consulado. Como a tradução leva uma semana para ser feita (prazo que nos deram), então terás ainda mais uma semana de espera para ir fazer o teu teste. Lembre-se que todos os documentos nós tiramos aqui em uma única semana; os números provisórios desses documentos são entregues na hora e as carteiras definitivas dos mesmos são enviadas pelo Correio em prazos que variam de duas semanas a três meses, mas de posse dos documentos provisórios você já pode fazer tudo. Só para deixar bem claro, na primeira semana nós providenciamos o SIN (Social Insurance Number), a CARTE dASSURANCE MALADIE e de posse dos números provisórios dele já se pode aplicar para trabalhos.
No Brasil você já está com o seu CSQ (Certificat de Selection du Quebec - seu primeiro documento). Em seguida, ao desembarcar, ao fazer o landing, você assina na frente do oficial de imigração o seu CONFIRMATION DE RESIDENCE PERMANENTE (seu segundo documento). Durante a semana consegue-se tirar os outros dois que citei acima, o SIN (terceiro documento) e a CARTE dASSURANCE MALADIE (quarto documento). De posse desses quatro documentos você já pode fazer tudo.


Abertura de conta bancária, francisação.

A nossa segunda semana já começou de forma mais tranqüila e a ficha foi começar a cair quando então lembrei que ainda estava com os dólares canadenses em cheque de viagem (TC). Então a minha vontade foi logo ir abrir uma conta em um banco, mas, em qual banco??? Foi nesse momento que notei que não interessava ter que acertar no banco logo na primeira vez, ou seja, o principal era abrir a conta no banco depositando os TC e já começando a nos mostrar presentes na vida financeira, por menor que fosse nossa aparição.

Durante as andanças da primeira semana tive conversas com o Cláudio e a Nara e eles comentaram a questão da abertura de uma conta, pois isso aqui já foi diversas vezes comentado em vários blogs, e o Cláudio e a Nara não eram os primeiros que diziam que as contas eram pré-abertas, tinham que esperar uma aprovação, e que também em alguns casos o pessoal dos bancos olhava para os TC como sendo coisa de outro mundo, mas graças a Deus fui guiado para um TD (Canada Trust) http://www.tdcanadatrust.com/ e o grande gerente nos atendeu simplesmente de forma excessivamente atenciosa. Expliquei que éramos imigrantes e estavamos no Canadá a pouco mais de uma semana, que tínhamos todo o montante em dólar canadense e os documentos que tínhamos eram provisórios, pois os definitivos iriam chegar pelo correio posteriormente. Ainda perguntei se o ideal para abrir inicialmente nossas contas deveria ser contas separadas ou uma conta conjunta para que pudéssemos começar a construir nosso crédito. Eu simplesmente comecei a falar tudo, não poupei nada, e o grande gerente só olhando para mim, não falava nada. Foi depois que eu fiz todas as perguntas que ele veio com todas as respostas, inclusive parece que ele estava gravando tudo porque conseguiu responder as perguntas todas, uma a uma. Ele sugeriu uma abertura de contas separadas, onde cada um de nós deveria ter a sua conta com talão de cheques, pois o crédito individual é melhor, pois são duas pessoas distintas e que futuramente, na compra de uma casa ou apartamento, então junta-se o crédito individual de cada um, tornando bem maior que se fosse uma conta conjunta (teve mais pormenores sobre isso mas vamos deixar para lá, teve muito cálculo que ele apresentou na hora, isso não vem ao caso agora). Quanto à documentacao temporária, ele disse que conhecia muito bem isso e que não era problema algum. Referente aos TC, ele disse que era dinheiro vivo ao portador e não entendia o "porque" de outros bancos inventarem coisas que não existem. Ele nos pediu o contrato de locação de onde estávamos, mesmo sendo só de UM MÊS isso não interessava, pois ele sabia que teríamos que alugar algum lugar para morar e consequentemente bastava apenas informar o novo endereço para ele. Questionei sobre a possibilidade de possivelmente mudar para algum outro lugar dentro do Quebec e ele já foi logo complementando, dizendo que eu poderia mudar para qualquer lugar do Quebec ou do Canadá, isso não importava, pois bastava apenas modificar o endereço de onde estivéssemos morando.
Vamos logo às finalizações: abrimos nossas contas, recebemos na mesma hora os cartões para movimentação das contas, juntamente com 5 folhas de cheques cada um e iremos pagar o valor mensal de Can$ 3,95 com direito a 10 saques mensais. Ainda ganhamos os três primeiros meses de isenção da taxa de manutenção… Quando estávamos encerrando todo o processo da abertura da conta eu lembrei de perguntar sobre o cartão de crédito, pois iríamos precisar aqui para também ajudar a criar nosso crédito. Ele deu duas opções: a primeira era de aplicar ali mesmo, porém tendo que deixar um calção inicial de, no mínimo, Can$ 500, e a segunda opção foi de esperar um mês e ver se automaticamente eles enviariam alguma aplicação do próprio banco, convidando a ter um cartão de crédito sem ter que deixar o calção. Como nós não estamos desesperados pelo cartão, então resolvemos esperar um mês e ver se enviam alguma proposta para nós.

O gerente, depois da abertura da conta, em uma conversa ainda mais informal com a gente, disse que era descendente de portugueses, porém nao falava nada, só meramente algumas palavras, mas que se falassem com ele em português devagar ele compreenderia. Fizemos um teste e dito e feito! Ele realmente entende português mas não fala nada. Ele disse que infelizmente só fala inglês e francês (e ele ainda acha pouco). Nessa conversa informal eu já fui pensando nos outros que devem vir depois de mim e já fui abrindo caminho, falei para ele que devem vir outros brasileiros nos próximos meses e anos, e ele foi categórico em dizer que se viessem até ele não teriam problema em abrir a conta; por isso já peguei vários cartões de visita para entregar a quem chegar aqui e queira ir abrir a conta com ele.

Já comparecemos a diversos órgãos do Governo Canadense para pedir algumas orientações entre as quais sobre a francisação, mas foi apenas preenchido os dados solicitando a mesma e agora no momento estamos esperando um contato do Governo para que possa nos informar a data e local para o teste de verificação do nível do nosso Francês e assim possamos iniciar as aulas de francisação. A francisação é um curso ministrado pelo Governo cuja finalidade é aprimorar ainda mais o francês do imigrante e para isso o Governo literalmente dá uma ajuda financeira semanal; evidente que será monitorado o aproveitamento do aluno durante o curso para que tenha direito a essa bolsa dada pelo Governo.


Consulado Brasileiro.

Ainda durante essa segunda semana nós fomos ao Consulado Brasileiro para solicitar a tradução de nossas carteiras de habilitação, mas antes mesmo de ir até lá eu entrei no site do Consulado e pesquisei os serviços que o mesmo presta aos cidadãos brasileiros aqui no Canadá, pois nós não deixamos de ser brasileiros nem mesmo depois de adquirir a segunda cidadania daqui a três anos; teremos direito a dupla cidadania. Então no site do Consulado eu verifiquei que podemos e devemos fazer nossos registros de localização aqui no Canadá assim como também iremos transferir nossos títulos eleitorais para cá. Isso irá evitar que tenhamos que justificar no Brasil o motivo da ausência nas eleições que acontecerão futuramente e uma vez você regularizado aqui junto ao Consulado, então estará quites com todo o processo. Foram solicitadas as traduções das nossas habilitações, as quais só estarão prontas na próxima semana.
Sei que estou enviando esse relato inicial com atraso, mas peço a compreensão de vocês no tocante às muitas situações novas que estamos passando e para cado caso temos que nos concentrar em resolver as adversides que aparecem. A partir de amanhã iremos à procura de um apartamento para alugar para os próximos 12 meses, então torna-se uma coisa mais sensível e que demanda tempo. Dentro das possibilidades, irei postar mais detalhes dos futuros acontecimentos.

Um grande abraço a todos que leram esse relato inicial e espero que deixem algum comentário clicando logo abaixo no campo "enviar comentário".

Erivaldo

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Gelo III

Imaginem o clima "agradabilissimo" que deve fazer ao redor desse local, fica-se bastante refrescado nesse periodo.
Essas tres fotos que mostram de uma forma geral a neve que ainda estava acumulada em Montreal foi captada pelo prisma da lente de Edjane que estava vibrando sentada junto a janela.
Interessante que aqui jah eh primarera e ainda tem gelo nas ruas, dizem os moradores daqui que esse ultimo inverno foi o mais rigoroso dos ultimos 20 anos.

Gelo II

Mais gelo observado pela janela do aviao,...
Observem que o rio flui da direita para esquerda e existe uma especie de represa que estah segurando as partes maiores de gelo,... bem interessante a foto, acredito que a agua soh nao estah muito boa para um banho.

Gelo I

A bordo de uma aeronave Embraer 190 nos fizemos nosso voo de Toronto para Montreal, enquanto estavamos altos nos nao tinhamos nocao do gelo que ainda estava lah embaixo, quando o aviao comecou a fazer sua operacao para pouso diminuindo a altitude, entao podemos verificar o que nos esperava lah por baixo, isso ainda era soh o comeco do que estava por vim.

Carrinhos de bagagem a Can$ 2 dolares

Aqui estah o famoso lugar onde se fica os carrinhos dos aeroportos "presos" esperando alguem colocar os Can$ 2 dolare$ e utiliza-los para carregar as malas, depois caso voce os devolva nos varios lugares para devolucao dos mesmos espalhadas por dentro do aeroporto, voce ao devolver e trava-lo novamente receberah uma devolucao de Can$ 0.25 cents.

"As malas" ainda nao extraviadas

Essa foto registra a minha alegria em ter recebido as malas no aeroporto de Toronto, observem ao detalhe das pequenas etiquetas de identificacao que coloquei nas mesmas para auxiliar no embarque das mesmas para o destino correto, gracas a Deus que estava com essas "pequenas" etiquetas brancas como podem observar, nelas constavam as informacoes basicas como NOME do passageiro, ENDERECO de destino, TELEFONE, tudo isso ajudou para que fosse posteriormente encontrada em menos de um dia. Fica aqui outro conselho, facam etiquetas como essa.

O ninho das aguias

Apos o desenbarque, ao contrario de todo mundo, nos nao estavamos nem um pouco apressados em fazer nossa imigracao, todo mundo passando apressado para ir logo ateh a imigracao e nos aproveitamos o percurso ateh chega na lah para tirar varias fotos, onde passavamos nos tiravamos fotos, certamente que deveriamos estah sendo monitorados pelas cameras se seguranca que tem por todo lugar, mas nao estavamos nem ai, realmente aproveitarmos muito para aumentar nosso acervo de fotos.

Amanhecer em uma nova terra

Essa foi a foto do nosso primeiro amanhecer na nova terra, nao por acaso tinha que ser em um aeroporto com uma decolagem ao fundo, nao menos acaso de que poder a posicao da aeronave na sua decolagem, nariz para cima ganhando altura para um voo suave, como assim tambem eh o espaco que buscamos aqui para nos e nossos futuros descendentes.

Voo de Guarulhos para Toronto

Edjane e eu durante o voo para Toronto, muita tranquiladade e paz, ateh parece que seria assim ateh o pouso e que nao seriamos nunca atormentado pela japonesa,... ateh esse momento tudo era paz e nao tinhamos ainda tomado conhecimento da japonesa a bordo,... foi um verdadeiro show onde tira-se uma grande licao de que Deus nos deu duas orelhas e uma soh boca, entao deve-se ouvir mais do que se falar.

Despedida no aeroporto de Guarulhos II

Edjane, eu, Rafael e a quase esposa Fabiola,...
Esse casal foi o nosso anjo da guarda durante nossa estada em Guarulhos, foi ele que nos ajudou a fazer o cooper pelo aeroporto para poder resolver todos os problemas da nossa DPV (Declaracao de Portes de Valores), certamente que se ele nao estivesse por lah para poder encontrar o melhor caminho para chegar aos varios lugares que estivemos, certamente nos poderiamos ter tido problemas diversos para embarcar.
Fica aqui o conselho para aqueles que pretendem embarcar em Guarulhos e que tenham amigos por lah, entao perguntem se podem acompanhar no embarque para evitar maiores dessabores ou entao simplesmente cheguem bem cedo, fica a sugestao.
Valeu Rafa, obrigado por tudo.

Despedida no aeroporto de Guarulhos

Na foto estah Edjane, minha ex-aluna Ana que hoje eh comissaria da TAM onde estah realizando seu sonho de viver voando.
Ela apareceu de para-quedas no saguao do aeroporto para registrar a despedida, boa sorte Aninha.

Voo de Joao Pessoa a Guarulhos

Voo super tranquilo de Joao Pessoa ateh Guaruhos, soh sei que mesmo antes do aviao decolar de Joao Pessoa eu consegui apagar geral, soh lembro que acordamos quando estava chegando a Guarulhos, fica ai registrado a lembranca da ultima companhia que trabalhei.

Familia eh tudo, obrigado a todos voces.

Tudo comeca aqui,...

Joao Pessoa, aeroporto Castro Pinto (isso eh nome de aeroporto), bem, na foto estah o que se pode dizer de "familia feliz", Edjane, eu, papai, mamae, minha sobrinha Mariana e meu irmao Felix, a foto foi gentilmente batida pelo nosso amigo e noivo de Mariana Totinha Rodrigues.

Fica o agradecimento a todos que nos apoiaram e nos apoiam nessa nova fase das nossas vidas, saibam que aqui junto com a gente tem um pouco de cada um que diretamente ou indiretamente colaboraram para ajudar a estah onde estamos.

Postagens do dia 15



A todos os amigos e conhecidos que entram no blog a procura das postagens mais recentes as quais deveriam jah ter sido publicadas desde o ultimo dia 15, peco desculpas por ainda nao ter colocada as atualizacoes aqui tendo em vista ter sido necessario muitos dias para poder compor as 10 paginas no word, agora mesmo a primeira postagem estah em fase final e acredito que ateh o final da semana que vem a mesma irah estah disponivel no blog,... mais uma vez peco desculpas e comprometo-me o quanto antes divulga-las aqui.

Erivaldo